No final do século V, chegou aos ouvidos do Bispo de Siponto, cidade que ficava aos pés do monte Gargano, na Itália, a história do pastor que tentando tirar um novilho de dentro da caverna disparou uma flecha que para ele retornou na mesma velocidade.
Julgou que era um sinal de Deus e ordenou três dias de jejum em toda a diocese, pedindo ao Senhor que se dignasse revelar-lhe do que se tratava.
Deus o ouviu e, passados três dias, o Arcanjo Miguel apareceu ao bispo noticiando o desejo de Deus de que ali se edificasse uma igreja em sua honra, para reavivar a fé e a devoção dos fiéis no seu amor e proteção, como anjo custódio da Igreja Católica.
Tendo o bispo comunicado ao povo a visão, foram ao local e lá encontraram uma caverna espaçosa em forma de templo, cavada na rocha, com uma fenda natural na abóboda de onde jorrava a luz que a iluminava. Nada mais era preciso do que por um altar-mor para celebrar os Divinos Mistérios.
Nunca mais, até hoje, se deixou de celebrar ali a Santa Missa e os ofícios litúrgicos.
Deus consagra esse lugar ao longo dos séculos com graças e milagres de toda espécie, em favor dos que lá acorrem.
Fonte: Devocionário a São Miguel Arcanjo – Editora Canção Nova.